sexta-feira, 31 de julho de 2009

Latim

Tudo começou naquela bendita aula de latim. Como a propaganda do curso: Latim para os inteligentes, para aqueles que querem saber além daquilo que está sendo estudado.
Ela tinha dificuldade de se descrever, não queria se limitar, mas também não gostava de dizer que parecia ser uma "metamorfose ambulante". Achava isso pouco, muito pouco para uma pessoa. E tinha ojeriza ao pensar e se dsar conta que era igual a ele. Ele se encantara por ela desde o instante em que ela sentou ao lado dele por acaso. ACASO, isso era costume acontecer na vida dela e deixá-la assim, como alguém sem nada por certo resolvido. Quem parecia ser uma metamorfose ambulante era ele. Alguém que a fez pensar que deixaria o mundo para trás por ele. Talvez algum dia ele saiba disso. Daquilo, dos 'nisso's', do que foi dito e não ouvido, do que ficou para dizer. Ele a invadiu de uma forma que até hoje ela sente vergonha.
Que fique assim, afinal entre latim e o fim, quem sabe um dos dois diz um sim?
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Contos Burocráticos

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Haja paciência

Ele é um paspalho, um tremendo idiota, metido a inteligente, daqueles que têm "sede" de conhecimento. Que sede o que, vai beber água de madrugada e pára com essa história de CDF. Mas que vontade de mandá-lo à puta que o pariu, à merda, ao inferno ou quem sabe para outro planeta.
Passastes o que com louvor?! Que coisa mais brega isso, diz dez então... Esperança vã de que um dia ele mude...
Tudo nele é melhor, tudo dele é mais difícil, foi mais suado, mais salgado, mais ardente. Aliás, ele é o mais ardente, mais fogoso, é o FOGO, mais garrido, é a garra; não, mellhor, ele é "as garras". Ai que raiva que me dá quando eu lembro que eu perdi os meus dias pensando naquela criatura hostil. Quer exista alguém parecido com ele certamente não chega nem aos pés da chatice instigante a ofender até a sua décima geração. Eita!
Eu queria é usar do meu latim e mandá-lo pastar para ele sentir o frio do asfalto.
Chato, ele é o verdadeiro chato! C-H-A-T-O!
Deus que o perdoa, mas ele quando veio para Terra, passou umas diversas (infinitas) vezes na cabine da chatice.
O pior é que ele acha (tem certeza) que agrada!
Heia! - Expressão latina que significa: Anda cavalo! - Só fugindo mesmo...
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Dedicado a Graça.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Porque tudo é real

[...]Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:É uma maneira de dizer.
Nem mesmo a flores tornam, ou as folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Alberto Caeiro - Poemas Inconjuntos - De Fernando Pessoa

terça-feira, 14 de julho de 2009

Tradução

A disputa que ela havia traçado com ele naquele instante, não era só mostrar a ele que ela não o queria. E sim que ele tivesse certeza disso. Por mais que seu alter-ego se fizesse presente em todas as atitudes tomadas por ela, ele insistia em acreditar que ela fosse tão tomada da sua sedução, como a Revolução Francesa por sangue.
La controversia che aveva tracciato con lui in quel momento, non era solo dimostrare a lui che lei non voleva. E sì era sicuro. Per quanto il suo alter-ego sta facendo tutto questo in atteggiamenti da essa svolte, ha insistito nel ritenere che è stata presa la sua seduzione, come la Rivoluzione Francese nel sangue.


Dedicado a todas as minhas amigas :)
Principalmente a Graça ;D

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ricordato

Oggi ho guardato le nostre foto, esse insistono sul fatto che non ti piace, ha viaggiato nel tempo, con le parole nel cielo. Mi ha ricordato di volte ho sperato che l'aeroporto, con impazienza, sarebbe un migliaio di volte il dipendente Infraero chiedere eventuali aereo era in ritardo e che ora il volo è stato quello di raggiungere questo numero, non mi fido del pannello informazioni.
Il freddo vento venuto attraverso la finestra mi ha fatto chiudere gli occhi, ricordando a sorridere quando si sosteneva la temperatura minima.
Ti amo la fine a superiore. Senza risorse, paure o contrappunto.
Senza tagli o storie. Senza rose o vasiniti di fiore al supermercato. Senza trucco, di salto in alto e i capelli in imbarazzo. Tu sei in prestito, piantato, scolpito.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Olhares

Ela havia cansado. Quando pensava em voltar à terra desistia logo ao terminar de pensar. Preferia o barco, remo... o rio. Não queria mais aqueles contatos, queria pedir desculpa ao cavalheiro de branco. Afinal ele a fez pensar que por um instante ser igual a ela consistia em ficarem juntos. Ela detestou a casa dele, aquele beijo roubado a fez pensar que ela era vulgar, ou melhor, promiscua. Que pense assim, ela diz para seu alter-ego. Assim quem sabe ela não faz de novo, seu alter-ego responde.
Ela não sabia como pedir desculpa a ele, ela o enfrentava quase que rotineiramente todos os domingos. Trocaria o horário do yoga, é pois é... até nisso são iguais. Paciência, vai que o tempo queira assim. Quando a irmã dele for pediatra, ela leva as filhas para consultarem com ela, pelo menos é mais um contato que ela tem daquele lá que não é nada sexy, mas arranca suspiros. Assim o tempo vai passando, ela esquece dele, ele dela, ou pelo menos tentam, ela tenta.
Ela não teve coragem em pedir desculpa e estão nessa há um tempo.
Vai que se encontram nos tribunais, afinal ele quando ele se aposentar do foro vai advogar, ela também. Qual área? Civil ele. Ela? Já que são iguais... Não se faz necessário dizer.
O orgulho, o tempo, a dor, o vento, o amor e o aumento daquilo que não era para passar de olhares, hoje é cada um com seus altares.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pronomes Pessoais

Ontem à noite enquanto eu arrumava as minhas coisas para o outro dia, que por sinal já estava por vir, eu te observava. Deitei-me, vi a luz do notebook refletindo nos teus olhos, negros, a tua feição séria, como se não fosse poesia, mas o dia havia dado todo errado.
Observei a tua geografia, teu surrealismo transpirando, meu surrealismo invadindo meu alter ego... Salvador Dali certamente não resistiria àquela imagem.
Tentava me fazer inerte àquela situação, afinal eu estava cansada, tu também, preferi continuar a te observar.
Coloquei a mão sobre o teu peito, senti o teu calor, fechei os olhos para que o tempo parasse, queria um dia (infinito) para que pudesse ficar ali contigo mais e mais. Tu foste dormir, desligaste o notebook, colocaste as mãos no meu rosto, pegaste nos cachos do meu cabelo, olhaste dentro dos meus olhos e eu sussurrei: eu te a... e tu completaste: amo.
Eu, tu... pronomes pessoais... amores surreais.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Retificação

Mas olha... eu sou é muito trouxa mesmo. Só falta a retificação de trouxisse no assentamento civil.